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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: https://pt.wikipedia.org 

 

 

NICOLAI ASSEIEV

 

 

Nicolai Nicoláievich Asseiev, (em russo, Николай Николаевич Асеев) nascido em Lgov, Kursk, 1889; falecido em Moscou, 1964) foi um poeta russo soviético. Participou e foi um dos líderes de uma editora chama "Лирика" (Lírica), desde 1911, como Boris Pasternak, com o qual participou do grupo de tendência futurista que fora chamado “Centrífuga” (Центрифуга), criado por Sergei Bobrov em 1914. Suas primeiras antologias poéticas, deste mesmo ano, "Flauta da Noite" e "Zor", foram escritas em estilo próximo do Futurismo russo.

Fez parte dos colaboradores da revista vanguardista LEF em (1923), desenvolvendo um estilo construtivista. Foi contemplado em 1941 com o "Prêmio Stalin", promovido pelo governo do seu país.

 

 

 

QUANDO a preguiça dobra o que é terreno,
exsurge, biombo de sombra, o gamo,
o lusardo desliza, alvo, do ramo,
e na onda o cordame como um remo.

Um temor faz tremer, um vulto, alguém —
talvez um rei, talvez uma raiz...
Algo de alga, azul delíquio anis,
mas o dia no dique se detém.

Tua trança de outono — sombra, alfombra.
És parente das estrelas cadentes.

 

 

        1916
 

       (Tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)

 

 

***

 

 

Coração Batendo Sem que se Ouça

 

DIAS se sucedem

                                   semanas se sucedem,
torvelinham
num galope célere;
como se cavalgássemos
sobre um tempo de aço
voando
— olhos abertos —
pelo espaço.
Assim a vida,
ela nos atravessa —
o ouvido zoa,
o coração dispara,
como
se quisesse
saltar para
fora.
— é só o que lhe resta!
Se alguém
tenta detê-lo,
ele se altera;
toca a rebate,
dá por paus e pedras!
E quantas vezes
o coração
explode
e não se ouve
a explosão
que o sacode.



       (Tradução de Haroldo de Campos)

 

POESIA RUSSA MODERNA. Nova antologia.  3ª. edição.  Traduções de Augusto e Haroldo de Campos. Prefácio, resumos biográficos e notas; Boris Schnaiderman.  São Paulo, Editora Brasiliense S.A, 1985.   292 p.   No. 10 603
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

 

                         

              Antes do Ataque

Quando se vai para a morte — canta-se
(mas se pode chorar,
antes).
O mais terrível do combate:
a vigília do ataque.
A neve — furos — em torno,
enegrecida de minas.
Estrondo —
o amigo que tomba.
A morte passou precisa.
Chegou minha vez,
sou isca e alvo.
Quarenta e um,
ano aziago.
A infantaria jaz inteira
no seu sepulcro-geleira.
Tenho a impressão de ser um ímã:
atraio enxames de minas. 
Estrondo —
o tenente, num ronco!

A morte passou de novo.
E nos conduz sobre as trincheiras
uma ira que se congela
em baionetas
contra goelas.
Foi luta breve.
Agora funde-se
a vodka enregelada.
Extraio a ponta de faca
sangue alheio
de sob as unhas.


 1942
(Tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)


*
Página ampliada e republicada em junho de 2025.

 

*

 

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http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/ANDReI%20BIeLI.html

 

Página publicada em março de 2021


 

 

 
 
 
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